24 de agosto de 2011




Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.
Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.
 
Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".
 
Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.
 
Depois de Pentecostes, Bartolomeu foi pregar a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos evangelhos históricos, entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.
 
Superou dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando segundo o evangelho de são Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e mais doze cidades, que ele teria sofrido o martírio, motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto de 51.
 
A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.


SÃO BARTOLOMEU, ROGAI POR NÓS !


23 de agosto de 2011

"A prática do amor a Jesus Cristo"

"Sabendo Jesus que chegara sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13,1).
 
Nosso Salvador, sabendo ter chegado a hora de partir  deste mundo, antes de morrer por nós, quis deixar-nos a maior prova possível de seu amor. Foi precisamente este dom do Santíssimo Sacramento. Diz São Bernadino: "As provas de amor que são dadas na hora da morte ficam mais firmimente na memória e se prezam mais". Daí o costume dos amigos de os amigos, ao morrer, deixarem algum presente, uma peça de roupa, um anel, às pessoas que amaram na vida, como recordação de sua amizade.
 
-Mas vós Jesus, partindo deste mundo, o que nos deixastes em memória de vosso amor? Não uma veste, um anel, mas o vosso corpo, o vosso sangue, a vossa alma, a vossa divindade, vós mesmo, todo, sem reservas. "Deu-se todo não reservando nada para si". Diz São João Crisóstomo.
 
-"Tomai e comei!" Mas que alimento será esse, ó Salvador do mundo, que, antes de morrer, quereis dar?
 


Texto extraído do livro "A prática do amor a Jesus Cristo" de S. Afonso de Ligório.

22 de agosto de 2011

Refletindo sobre o Evangelho


Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Al­tíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 
38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

No Evangelho de hoje lemos o episódio da anunciação; no qual Nossa Senhora recebe o convite a ser mãe do Filho de Deus. Maria, naquela época com uma idade próxima aos 16 anos, encontra-se diante de um convite, uma missão que envolve a salvação do homem. Apesar da pouca idade e de todos os riscos que envolviam a maternidade, ela confiou no Senhor e disse SIM a missão.
Deparamo-nos diversas vezes com riscos, bloqueios e impedimentos quando estamos na Obra do Senhor. Ele nos convida para mergulhar em águas profundas; porém, observamos se o mar está revolto ou calmo, se as ondas estão grandes, se é noite ou dia, se está frio ou quente e se o mar é muito profundo. 
Geralmente olhamos para trás e corremos do serviço. Também nos nossos sonhos e objetivos, nos deparamos com dificuldades. Essas dificuldades, tanto na obra do Senhor, quanto nos nossos objetivos e sonhos, precisam ser superadas para darmos o próximo passo. Maria, nossa mãe, ensina como: diante de tudo que dificulta nossa caminhada, devemos confiar sem reservas em Deus e em seus planos. Sem balançar, sem desconfiar, sem olhar para trás devemos sempre dizer “eis aqui o (a) servo (a) do Senhor, faça-se em mim segundo tua vontade”. Quem coloca sua confiança no Senhor não ficará sem auxílio. Mesmo na dor, no cansaço, ou diante das limitações humanas, encontrará Naquele que tudo pode as armas que necessita para vencer.

Nesta segunda-feira convido a todos para imitar a Nossa Senhora. Faça a experiência de, no lugar de fugir, enfrentar com a oração e a coragem, os desafios da vida. A todos uma ótima semana, que possamos hoje vivenciar o Sim de Maria em nossas vidas, em nosso chamado de santidade.

A paz de Cristo
Rafael Prata Rodrigues



Namoro: uma bela escola de amor



Namoro: uma bela escola de amor

Para amar é preciso possuir-se; e para possuir-se
Quando o corpo impera, a razão enfraquece, o espírito agoniza, e o amor perece. Muitas vezes você pode estar andando de cabeça para baixo:
-quando você capitula diante daquele prato saboroso, e come sem limite...;
-quando você não consegue tirar o seu corpo da cama na hora certa, e deixa-o dormir à vontade...,
-quando o prazer do sexo o faz perder a cabeça, e atira-se a ele descontrolado; sem um compromisso;
-quando você se atira aos prazeres de todas as formas.
Você também pode deixar de caminhar de pé se é a sensibilidade que comanda os seus atos, e não o espírito. É claro que a sensibilidade é importantíssima; Ela nos diferencia dos animais; mas não pode ser a imperatriz de nossos atos. Não podemos ser conduzidos apenas pelo “sentir”. Se for assim você pode achar que uma pessoa está certa apenas porque lhe é simpática, ou muito amiga, e não porque de fato, ela tem razão.
Você é escravo da sensibilidade se, por exemplo, só aceita participar da missa celebrada por “aquele” padre que você aprecia; ou quando qualquer palavra de crítica o ofende, magoa, e deixa-o prostrado na fossa;
- quando você só reza e só vai à missa quando” sente” vontade;
- quando você fica derrotado porque ninguém notou os seus esforços e ninguém os elogiou;
- quando você troca o sonho pela realidade;
- quando você não se aceita a si mesmo como você é;
- quando você não estuda a matéria ministrada por aquele professor que não lhe é simpático.
Nestas situações, e muitas outras, você pode estar se “arrastando” ao invés de caminhar de pé, guiado pelo espírito. Isto só será possível quando o seu espírito, fortalecido pelo Espírito Santo, comandar a sensibilidade e o corpo. A sensibilidade é bela, é ela que faz você chorar diante da dor e do sofrimento do outro, mas ela precisa ser controlada pelo espírito. Um cavalo fogoso pode levá-lo muito longe se você tiver firme as suas rédeas, mas pode jogá-lo ao chão se não for dominado. Se você permitir que o corpo ou a sensibilidade assumam o comando dos seus atos, então você não estará em pé, e não estará preparado para mar como é preciso.
Agora você está entendendo melhor porque não é fácil amar; e porque o amor ainda não comanda a vida na terra. Para amar é preciso possuir-se; e para possuir-se é preciso exercitar o amor. Por isso o namoro é uma bela escola de amor. Se você quiser ser uma pessoa de pé, faça-se sempre esta pergunta: o que me faz agir assim, ou decidir assim, ou reagir daquela forma? Foram as exigências do seu corpo que falaram mais alto? Foi a sensibilidade que gritou mais alto e venceu? Foi o espírito, guiado pela inteligência, que predominou?
É claro que por nossas próprias forças não poderemos caminhar de pé. Jesus avisou que “o espírito é forte, mas a carne é fraca”. Portanto, você precisa da força de Deus para suportar a sua natureza enfraquecida pelo pecado original. Você pode caminhar de pé, com a graça de Deus, pois o grande Santo Agostinho experimentou na sua vida que “o que é impossível à natureza é possível à graça”.
Não desanime e não se desespere, o Senhor o aguarda para ajudá-lo com a Sua força. Vá a Ele. Tenha a coragem de olhar-se de frente e aceitar a sua realidade atual. Em seguida peça ao Senhor que lhe dê a sua graça para que você possa ser um rapaz ou uma moça “em pé”, apto para amar de verdade.
Foto
Felipe Aquino












OBS : Dos 6  encontros de formações que tivemos um deles teve como tema "namoro santo" e por isso dedicamos este espaço no blog para uma formação sobre o tema.



18 de agosto de 2011

Chamado a Conversão

Atos dos Apóstolos 2, 37-41
 
Ao escutarem essas coisas, ficaram inquietos no íntimo do seu coração e indagaram de Pedro e dos demais apóstolos: "Que devemos fazer irmãos?". Pedro lhes respondeu: "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Criso para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus". Ainda com muitas palavras exortava-os, dizendo: "Salvai-vos do meio dessa geração perversa!". Os que receberam sua palavra fora batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número de adeptos. 
 
 
Todos os dias chega até nós o Evangelho de Jesus de alguma forma. Seja na leitura das sagradas escrituras, ou por meio de um conselho, de um testemunho de vida. Ao escutarmos o Evangelho, que deve ser o reflexo da vida cristã, como tem sido nossa reação?
O que devemos fazer após escutar a Palavra de exortação? A resposta vem de Pedro: "Arrependei-vos". 
 
Arrependimento é muito além do que se imagina. Trata-se não somente de um sentimento; mas sim de uma mudança de vida. 
Se  dizemos que nos arrependemos mas permanecemos no erro (ou n buscamos com sinceridade e esforço melhorar ) mentimos. O arrependimento é sincero quando mudamos, ou seja, partimos para o "fazer"; deixando para trás o "querer e não fazer".
 
Segundo a passagem acima, existe uma ordem de acontecimentos: primeiro deve ocorrer o arrependimento; somente então, o encontro com o dom do Espírito Santo. Portanto, se dizemos que possuímos o Espírito Santo e vivemos Nele, mas continuamos a cometer os mesmo erros de ontem, estamos nos enganando e n vamos chegar a lugar algum. 
 
Embora o mundo de hoje nos chama e seduz a cada segundo, o apóstolo nos adverte: "Salvai-vos do meio dessa geração perversa!". Dizemos seguir Jesus. Mas não é possível seguí-lo sem renunciar ao "homem velho". Ou se é de Deus inteiro, ou não se é de Deus. Pois não é possível servir a dois senhores. A escolha é individual e ninguém pode interferir nisto. Quem diz seguir a Deus, que é luz, porém anda no pecado, que é trevas, mente e a verdade não o acompanha. 
 
Para quem aceitar viver em Cristo, por Cristo e com Cristo, vai ai meu conselho: Amparai-vos na Paixão do Senhor. Ali, no Calvário, encontrarás remédio para qualquer uma de suas dificuldades. 
 
Não se esqueça que o Calvário acontece todos os dias, na Santa Missa. E seu momento mais glorioso e capaz de nos transfigurar, é a Santa Comunhão em que recebemos a Carne e o Sangue daquele que nos fortalece.
 
A paz de Cristo e amor de Maria.





Rafael Prata Rodrigues

Discurso de Bento XVI em sua chegada a Madri para a JMJ 2011

Majestades,
Senhor Cardeal Arcebispo de Madri,
Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Distintas Autoridade Nacionais, Autonômicas e Locais,
Querido povo de Madri e da Espanha inteira!

Obrigado, Majestade, pela sua presença aqui, juntamente com a Rainha, e pelas palavras deferentes e amigas de boas-vindas que me dirigiu. Palavras que me fazem reviver as inesquecíveis demonstrações de simpatia recebidas nas minhas anteriores visitas apostólicas a Espanha, e de modo muito particular na minha recente viagem a Santiago de Compostela e a Barcelona. Saúdo cordialmente todos vós que vos encontrais reunidos aqui em Barajas, e quantos acompanham esta cerimônia através do rádio e da televisão. Uma menção muito agradecida desejo fazer aos que com tanto zelo e dedicação, nas instituições eclesiais e civis, contribuíram com o seu esforço e trabalho para que esta Jornada Mundial da Juventude em Madri decorra em boa ordem e se cubra de abundantes frutos.

Desejo também agradecer de todo o coração a hospitalidade de tantas famílias, paróquias, colégios e outras instituições que acolheram os jovens vindos de todo o mundo, primeiro nas diversas regiões e cidades da Espanha e agora nesta grande cidade de Madri, cosmopolita e sempre de portas abertas.

Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência. Chego como Sucessor de Pedro para confirmar todos na fé, vivendo alguns dias de intensa atividade pastoral para anunciar que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para animar o compromisso de construir o Reino de Deus no mundo, no meio de nós. Para exortar os jovens a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas.

Esta multidão de jovens que veio a Madri… porque e para que vieram? Embora a resposta deva ser dada por eles próprios, pode-se entretanto pensar que desejam escutar a Palavra de Deus, como lhes foi proposto no lema para esta Jornada Mundial da Juventude, de tal maneira que, arraigados e edificados em Cristo, manifestem a firmeza da sua fé.

Muitos deles talvez tenham ouvido a voz de Deus apenas como um leve sussurro, que os impeliu a procurá-Lo mais diligentemente e a partilhar com outros a experiência da força que tem na suas vidas. Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitaçõesVeem a superficialidade, o consumismo e o hedonismo imperantes, tanta banalidade na vivência da sexualidade, tanto egoísmo, tanta corrupção. E sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução duma vida autêntica. Mas, com Ele a seu lado, terão luz para caminhar e razões para esperar, não se detendo nem mesmo diante dos ideais mais altos, que hão-de motivar os seus generosos compromissos para a construção de uma sociedade onde se respeite a dignidade humana e uma efetiva fraternidade. Aqui, nesta Jornada, têm uma ocasião privilegiada para colocar em comum as suas aspirações, trocar reciprocamente a riqueza das suas culturas e experiências, animar-se mutuamente num caminho de fé e de vida, no qual alguns se julgam sozinhos ou ignorados nos seus ambientes quotidianos. Mas não! Não estão sozinhos. Muitos da sua idade partilham os mesmos propósitos deles e, confiando inteiramente em Cristo, sabem que têm realmente um futuro à sua frente e não temem os compromissos decisivos que preenchem toda a vida. Por isso me dá imensa alegria poder escutá-los, rezarmos juntos e celebrar a Eucaristia com eles. A Jornada Mundial da Juventude traz-nos uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo.
Não faltam, certamente, dificuldades. Subsistem tensões e confrontos em aberto em muitos lugares do mundo, inclusive com derramamento de sangue. A justiça e o sublime valor da pessoa humana facilmente se curvam a interesses egoístas, materiais e ideológicos. Não sempre se respeita, como é devido, o meio ambiente e a natureza, que Deus criou com tanto amor. Além disso, muitos jovens olham com preocupação para o futuro diante da dificuldade de encontrar um trabalho digno, ou por terem perdido o emprego, ou por ser este muito precário. Há outros que precisam de prevenção para não cair na rede das drogas, ou de uma ajuda eficaz, caso desgraçadamente já tenham caído nela. Há muitos que, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países. Molestam-lhes querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome. Mas, eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: Que nada e ninguém vos tire a paz; não vos envergonheis do Senhor. Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou.

Neste contexto, é urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida
. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias.

Majestade, ao renovar-lhes o meu agradecimento pelas deferentes boas-vindas que me proporcionaram, desejo exprimir também o meu apreço e proximidade a todos os povos de Espanha, bem como a minha admiração por um País tão rico de história e cultura, pela vitalidade da sua fé, que frutificou em tantos santos e santas de todas as épocas, em numerosos homens e mulheres que, deixando a sua terra, levaram o Evangelho a todos os cantos do mundo, e em pessoas rectas, solidárias e bondosas por todo o seu território. Trata-se de um grande tesouro, que vale a pena, sem dúvida, cuidar com atitude construtiva, para o bem comum de hoje e para oferecer um horizonte luminoso ao porvir das novas gerações. Embora atualmente haja motivos de preocupação, maior é a solicitude dos espanhóis pela sua superação com esse dinamismo que os caracteriza e para o qual contribuem imenso as suas profundas raízes cristãs, muito fecundas ao longo dos séculos.

Daqui saúdo com grande cordialidade todos os queridos amigos espanhóis e madrilenos, e quantos vieram de outras terras. Durante estes dias estarei junto de vós, mas tendo também muito presente todos os jovens do mundo, particularmente os que atravessam provações de diversa índole. Ao confiar este encontro à Santíssima Virgem Maria e à intercessão dos Santos protetores desta Jornada, peço a Deus que abençoe e proteja sempre os filhos da Espanha. Muito obrigado.

17 de agosto de 2011

Como um selo gravado em meu coração, Tua vontade em mim se cumprira !


Facina-me o jeito de Cristo, não correspondido, não amado, cruxificado, porém sempre atento, sempre presente, sempre prestativo, sempre amável. Vejamos apenas uma questão: " Qual amor, você dispõe para aquele que nunca deixou de te amar? pensemos uma coisa: No dia de hoje, Ele ganhou sua atenção? Ele ganhou mais uma chaga? ou simplesmente até agora você não pensou N'Ele?